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Ele nos enviou
Ele nos enviou

 

 

 

Publicado: Terça-Feira, 05 de Julho de 2014.

Ele nos enviou

 

Ele nos enviou
Por Morgana Mendonça dos Santos


 
João 20.21 "Disse-lhes, então, Jesus segunda vez: Paz seja convosco; assim como o Pai me enviou, também eu vos envio a vós."

A grande questão é como devemos entender as cinco perspectiva da grande comissão, nas quatro versões dos Evangelhos e no livro de Atos. Os sinóticos e o joanino juntamente com o livro histórico de Atos faz referência a grande comissão de forma semelhante e detalhada. Lucas dá continuidade na sua carta histórica, sobre o que houve antes da ascensão de Cristo. (Atos 1) Na forma joanina, temos esse verso 21 do capítulo 20, a grande comissão na perspectiva de João, com detalhes peculiares mostra-nos algo incrível. 

Antes de dividir em dois pontos: "O Pai me enviou" [1] e "Eu vos envio" [2], quero fazer uma ressalva importante. O método usado nas igrejas para departamentos prejudicou e muito a idéia do que refere-se a responsabilidade da evangelização no corpo de Cristo. Quando a instituição, dividiu em departamentos, imediatamente surgiu a idéia de que a grande comissão é algo particular, que envolve apenas ministros, missionários ou pastores. Fazer parte desse "ministério" ou "departamento" como muitos dizem é algo para quem tem chamado ou algum tipo de dom especial. Isso precisa ser de fato esclarecido, a grande comissão não veio com um anexo em PDF dizendo: "exceto fulaninho que toca", "ou sicraninho que ora no círculo de oração".

O texto na perspectiva joanina é bastante peculiar, inibe alguns ao exame exegético, as barreiras de interpretação devem ser transformada em pontes para a disposição em obedecer. É necessário lembrar que a grande comissão é para discípulos, somente discípulos podem obedecer, Deus de antemão nos comissionou para que fossemos conforme a imagem de Seu Filho (Romanos 8.29). O conteúdo das nossas vidas pode enfraquecer ou fortalecer o conteúdo da mensagem que compartilhamos - o Evangelho. Para compartilhar o Evangelho, precisamos conhecer o Evangelho! O fato de viver esse Evangelho fará grande diferença quando for compartilhado, a nossa própria vida confirmará e dignificará a mensagem.
 
Naquele domingo, Cristo adentra naquele espaço fechado, por duas vezes menciona a frase: "Paz seja convosco". Os discípulos reunidos com portas cerradas por medo dos judeus, contempla Cristo ressurreto, aprecia suas mãos e o seu lado - a marca da cruz. A palavra "shalom!" indica o complemento do "está consumado" na cruz, ou seja, a reconciliação e a paz definitivamente compartilhada. A profecia de vê-Lo novamente e ter uma alegria sendo completa estava cumprida (João 16.22), os discípulos alegraram-se e logo ouviram a ordem para ser testemunha, recebendo o poder do Espírito Santo para pregar o Evangelho. Essas duas palavras "απεσταλκε", "πέμπω" que significa "enviou" e "envio" na voz ativa, faz grande diferença na vida dos discípulos de Cristo.

> 1- "O Pai me enviou": Cristo demonstra uma infinidade com essa declaração, de forma objetiva e não exaustiva devemos refletir sobre essa proposição. No seu discurso de despedida, em João 17.18, Ele já havia mencionado a questão do envio, assim como o Pai o enviara. A natureza desse chamado aos discípulos tinha uma fonte e uma autoridade. Da mesma forma como Cristo fora enviado também os discípulos devem ser, Ele tornou-se nosso exemplo, o qual devemos seguir. Carson, no seu comentário ao Evangelho de João (p.649-650) escreve: "Aqui é a perfeita obediência do Filho que é especialmente enfatizada (e.g. 5.19-30; 8.29), uma obediência que já se tornou um paradigma para a relação dos crentes com Jesus (15.9,10). Jesus foi enviado por seu Pai ao mundo (3.17) por meio da encarnação (1.14) com o objetivo de salvar o mundo (1.29); agora que os discípulos de Jesus não mais pertencem ao mundo (15.19), eles devem também ser enviados de volta ao mundo (20.21) para dar testemunho, junto com o Paracleto (15.26,27)."

O pensamento aqui de João é levar o leitor a compreensão de que do mesmo jeito que Cristo foi enviado por Deus, nós somos com a mesma dependência, obediência irrestrita, devoção sacrificial. Selados e santificados pelo Pai, revestido do Espírito Santo, tornando Sua testemunha, Cristo nos revela um modelo definitivo de pura obstinação em obedecer ao Pai. Essa era a sua comida, revele Ele aos discípulos. (João 4.34)
 
2- "Eu vos envio": Cristo declara aos destinatários quem é o remetente. Somos enviados por Ele, a ação está em completa harmonia com o alvo da ordem estabelecida. A voz ativa gera a convicção da missão cumprida que não depende de nós, mas daquele que nos outorgou tão grande missão. (Mt 28.18) Carson (p.650) escreve: "Há bastante amplitude, tanto aqui quanto em outras passagens, para conscientizar os cristãos de que eles nunca terão desculpa para descansar sobre seus louros, ou para definir sua tarefa de forma muito estreita; obediência perfeita ao Filho, seguindo o modelo da obediência perfeita de Jesus, é um desafio tão imenso como a ordem de ensinar a outros a obedecer tudo que Jesus lhes ordenou (Mt 28.20)". É definido então o pensamento de obediência crucial estabelecido por João, ele mesmo é um exemplo dessa devoção, após a convicção que o brado na cruz "está consumado" foi satisfeito, trazendo paz e reconciliação, temos uma missão onde a voz que ordena não falha, pelo contrário está conosco até a consumação dos séculos. (Mt 28.20)
 
No seu livro "O poder do Evangelho e sua mensagem", Washer escreve: "Precisamos de pregadores do evangelho de Jesus Cristo que conheçam as Escrituras e, pela graça de Deus, enfrentem qualquer cultura clamando: 'Assim diz o Senhor!". (2013, p.21) Não precisamos que os céus abertos nos convoque a pregação do Evangelho, não precisamos esperar para que uma revelação venha nos motivar, isso não haverá de acontecer. As Escrituras é clara na ordem da pregação do Evangelho, fomos enviados! Os discípulos de Jesus não assumem a missão Dele, por Ele ter sido elevado aos céus, a missão de Cristo continua, efetivamente também na missão dos discípulos!

Calvino, no seu comentário de Romanos (10.15), escreve: "O evangelho “não cai das nuvens como chuva”, no entanto ele é “trazido pelas mãos de homens que vão onde Deus os mandou”.

A Deus toda a Glória, Rm 11.36.